sexta-feira, 28 de agosto de 2009

EGITO ANTIGO

HISTÓRIACor do texto

Durante o Paleolítico, o clima do Egito sofreu intensas modificações, passando de úmido e equatorial para seco.
No período Neolítico, com o progressivo ressecamento da área referente ao Saara, houve migração para o Egito (Vale) de povos Indo-europeus, os quais agruparam-se em clãs. Assim, por volta de 5.000 a.C surgem as culturas neolíticas de Faium, Tasa, Merimde.
Em torno de 4.000 a.C as aldeias de agricultores passaram a agrupar-se em nomos, dirigidos por nomarcas, que tinha poder de rei, juiz e chefe militar.

A história do Egito inicia-se em 3100 a.C com a unificação do Alto Egito e Baixo Egito, pelo faraó Menes. Inicia-se o período dinástico, dividido historicamente em três eras: Antigo Império, Médio Império e Novo Império.

O Antigo Império, entre 2.700 e 2.200 a.C é o período de auge dos faraós, principalmente durante a IV Dinastia, dos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos, que construíram as Pirâmides de Gizé – capital Mênfis.

No Médio Império houve a expansão do Egito, iniciando-se por volta de 2.000 a.C com a conquista de minas de cobre e pedras preciosas no Sinai. A invasão dos hicsos interrompeu a expansão do Egito.

O Novo Império incia com a retomada em 1600 a.C do território dos hicsos e a conquista da Síria, Palestina, Mesopotâmia, Chipre, Creta e ilhas do mar Egeu.

Segue-se um período denominado de Baixo Império onde o Egito é fonte de sucessivas invasões pelos assírios (671 a.C), persas (525 a.C), macedônios (332 a.C) e romanos (30 a.C).

Em 332 a.C passou a integrar o Império Macedônico, tendo sido consquistado por Alexandre Magno. Com a morte dele em 323 a.C, seus generais dividiram o Império. Um de seus generais – Ptolomeu – em 305 a.C, fundou a Dinastia Ptolomática, tornandose rei, a qual durou até 30 a.C.

Em 30 a.C, o Império Romano conquista o Egito.
Em 395 o Império Romano dividiu-se em duas partes, ficando o Egito na parte do Império Romano do Oriente, cuja capital era Constantinopla.

http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/historia/grandes_civilizacoes/egito/civil_egipcia
Wikipedia


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GEOGRAFIA

O Baixo Egito é a região situada mais ao norte do Egito, onde o Delta do Rio Nilo deságua no Mediterrâneo. Região úmida e de temperaturas mais amenas, era mais fortemente habitada que a região do Alto Egito (Vale), mais desértica e ao sul.
Hórus sendo a divindade protetora do Baixo Egito e Set do Alto Egito.
A razão para esta designação aparentemente invertida é que o Egito é o "Presente do Nilo" e como tal tudo é medido em relação ao rio. O Nilo entra no Egito no sul (Alto Egito), e segue até sair através do fértil delta, para o Mediterrâneo (Baixo Egito).
A história do Egito divide-se nos períodos Pré-Dinásticos e Império (dinastias).

O mais antigo faraó da primeira dinastia que se conhece foi Menés, a quem atribui-se a unificação do Alto e Baixo Egito.
A ele atribui-se também a fundação de Mênfis como a capital Egípcia, construção que teria sido seu maior legado à história. Foi Menés também, quem dividiu o Egito em nomos, que eram unidades administrativas governadas por nomarcas.

Entretanto, alguns historiadores consideram que a unificação do Egito foi feita por Narmer, um faraó do período antigo. Um prato encontrado em Hierakonpolis pelo arqueólogo britânico J. E. Quibell, denominado Narmer Palette, mostra imagens do que se acredita ser a unificação do Alto Egito e do Baixo Egito.



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VIDA APÓS A MORTE

Para enterrar os faraós, inventou-se a tumba em Mastaba.





http://www.geocities.com/tioisma2002/mastabas.htm


A palavra é de origem árabe e significa banco. Isso porque, quando rodeadas por dunas de areia quase até a sua altura total, fazem lembrar os bancos baixos construídos na parte externa das casas egípcias atuais e nos quais os moradores sentam-se e tomam café com os amigos.


AS PIRÂMIDES


A pirâmide mais antiga já construída foi feita em 2.630 a.C, em Sakara, pelo arquiteto Imhotep, a pedido do faraó Djoser, da III Dinastia.

Aparentemente Imhotep construiu a mastaba do rei Djezer e depois, em volta dela, um muro que era muito alto e tapava a mastaba, sendo assim ele colocou uma outra mastaba em cima da primeira e assim por diante. Basicamente o que Imhotep fez foi apenas colocar varias dessas mastabas uma em cima da outra, tornando-se uma pirâmide de 6 "degraus". Por isso a pirâmide de Djoser foi também conhecida como "Pirâmide dos Degraus".Os egípcios acreditavam que o rei iria usar esses "degraus" para subir ao céu e se encontrar com os deuses. Mais tarde Imhotep foi considerado um semi-deus.

A primeira pirâmide verdadeiramente "lisa" foi feita para o Rei Snefer, fundador da IV Dinastia (2.690 a.C). Ele mandou construir 3 pirâmides, das quais apenas a última (Pirâmide Vermelha) era segura. As outras duas pirâmides foram a Pirâmide Mediun (ou falsa) e a Pirâmide Dashur (ou torta). Seus descendentes foram os responsáveis pela construção das Pirâmides de Gizé (Queops, Quefren e Mikerinos). Seu filho (rei Kufu ou Keops) construiu a Grande Pirâmide que media 147 metros, seu neto Kefren uma pirâmide ao lado, com 144 metros, e seu bisneto Mikerinos a última das três pirâmides com 108 metros. A Grande Pirâmide tem a base de mesmo tamanho que 8 quarteirões de Nova York.

No total foram construídas cerca de 80 pirâmides, sendo as mais conhecidas a pirâmide de degraus (Djezer), em Sakara, as três pirâmides de Snefer, a pirâmide Mediun, a pirâmide Romboidal e a pirâmide Vermelha (Mas das três só a Pirâmide Vermelha era utilizável) e as mais conhecidas A Grande Pirâmide de Keops (ou Kufu), de Quefren e de Mikerinos, em Gizé. Todas as pirâmides foram construídas no lado oeste do Nilo, onde o sol se põe.

Alguns estudiosos acreditam que para os egípcios a pirâmide significava raios do deus Rá (Deus Sol). Outros dizem que seu formato era para que os faraós pudessem escalar e subir aos céus. Depois do Antigo Império os egípcios param de construir pirâmides e se enterravam em túmulos, como o túmulo do Rei Tut. As pirâmides eram um alvo irresistível porque mostravam a localização exata aos saqueadores de túmulos.

GINGER, A MÚMIA MAIS ANTIGA DO MUNDO

Ginger foi a mais antiga múmia encontrada no mundo.
O nome que foi dado diz respeito a cor de seus cabelos.

“Ginger” foi enterrado nas areias do deserto, e com a desidratação sofrida, manteve seus órgãos intactos, havendo dissecado seu corpo e evitando a decomposição.
Seu corpo está em exposição no Museu Britânico, como muitas outras múmias e peças retiradas do Antigo Egito.


Fontes:
http://www.geocities.com/athens/Marble/4341/piramides.htm

http://www.guardians.net/

AS GRANDES CIVILIZAÇÕES

Todas as grandes civilizações antigas floresceram às margens de rios.
Uma outra vantagem geográfica óbvia era que os vales eram rodeados pelo deserto, proporcionando certa segurança contra invasores.

Os grandes rios do Oriente Médio eram enriquecidos pelas enchentes a cada ano, os sedimentos eram carregados corrente abaixo e espalhados em camadas finas, como um fertilizante.
Nas planícies alagadas, as pessoas e as cidades receber mais alimentos que qualquer outro lugar do mundo naquela época.

O Egito floresceu às margens do Rio Nilo.

A Mesopotâmia vem do grego, significando entre rios (meso – potamos).

A civilização às margens do Rio Indo acabou dando nome à Índia, embora a maior parte fique no território que hoje pertence ao Paquistão.
Uma de suas cidades, Mohenjo-Daro, possivelmente tinha por volta de 40 mil habitantes por volta de 2500 a.C, sendo portanto provavelmente uma das maiores cidade do mundo.

E a China desenvolveu-se às margens do Rio Amarelo.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

AS FASES DA HISTÓRIA

Para melhor compreensão, a história é dividida em períodos.

A história em si inicia a partir da escrita, em 4.000 a.C.
Tudo que foi anterior a esta data é considerado Pré-História.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

PRÉ-HISTÓRIA - Parte II - A IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA

O homem nômade vivia mudando-se de lugar em busca de alimentos e também procurando climas mais amenos.

Na Idade da Pedra Polida (Neolítico), os homens passaram a cultivar seus alimentos e a cuidar dos animais.

Por volta de 8000 a.C vilarejos de Jericó cultivavam trigo e cevada. A escolha dos grãos deve ter sido feita por causa do tamanho. Quanto maiores os grãos, mais fácil era a colheita e a moagem.

Junto com a agricultura, iniciou-se também a domesticação de animais.

A partir dessas culturas, o povo nômade começa a assentar-se e a criar uma rotina. A época da colheita deveria ser aproveitada, para que não houvesse o desperdício e para que houvessem estoques nas épocas de seca.

A domesticação de animais iniciou-se no Mediterrâneo. Os primeiros animais domesticados foram as ovelhas e cabras, pois eram mais fáceis de serem domesticadas. Uma ovelha obediente significava ter todo o rebanho sob controle.

Um dos fatores que culminou no cultivo de cereais foi a elevação dos mares, que alagaram as terras criando locais férteis para plantio.

No início, o homem cria uma sociedade comunitária com base no princípio da cooperação. A terra pertencia à Comunidade. Porém, os povos assentados depararam-se com o desafio de manter suas plantações e animais a salvo dos saques dos nômades, para os quais era muito mais fácil obter alimentos saqueando os celeiros e caçando os animais domesticados. Surgem então as tribos para a defesa das terras e dos alimentos, com a eleiçào de chefes para liderá-las.

Com o excedente da produção, iniciou-se um comércio rudimentar, baseado nas trocas de mercadorias entre as diversas tribos.

Com a maior sedentarização dos povos, e com o aumento do alimento, as populações cresceram de forma assustadora.
Talvez houvesse no mundo inteiro cerca de 10 milhões de pessoas até o início das lavouras e dos rebanhos. Por volta de 2000 a.C a população cresceu para 90 milhões, e na época de Cristo para cerca de 300 milhões.

Hoje, para se ter uma idéia, a população é de cerca de 6,6 bilhões de habitantes.

No Neolítico também houve a invenção da roda, confecção de tecidos e o desenvolvimento de barcas como meio de transporte. A arte tornou-se mais complexa, com as pinturas em cerâmica e esculturas, bem como inicia-se o culto à natureza, aos antepassados e à Deusa da fecundidade, relacionada à colheita.
Entre 5.000 e 4.000 a.C o homem aprendeu a usar o cobre, mais tarde o bronze (cobre + estanho), posteriormente o ferro, permitindo uma superioridade na conquista de territórios.

Fonte: Uma Breve História do Mundo - Geoffrey Blainey

SEPARAÇÃO DOS CONTINENTES

Apesar de no século 17 Francis Bacon propor a teoria de que os continentes estariam juntos, a teoria de que houve uma separação dos continentes foi proposta pela primeira vez por Alfred Wegner, com base científica.


A massa de continentes foi chamada de Pangea, que significa todas as terras, ou terra total.



(imagem retirada do site Ciência Hoje das Crianças: http://cienciahoje.uol.com.br/materia/view/418)

Eram dois blocos continentais: o Gondwana compreendia as terras acima, enquanto a América do Norte estava no bloco da Laurásia.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

PRÉ-HISTÓRIA - Parte I - OS PRIMEIROS HABITANTES

A pré-história é o período que se inicia com o surgimento do homem.

A humanidade tem pelo menos 3,6 milhões de anos. Na Tanzânia foram encontradas pegadas humanas que datam deste período.

A primeira evidência da evolução humana foi feita em Afar, na Etiópia, um esqueleto fossilizado datando de cerca de 3 milhões de anos (Lucy), de uma fêmea com características humanóides e de primatas. Este humanóide ficou conhecido como Australopitecus.

Há dois milhões de anos os seres humanos eram conhecidos como hominídeos. Viviam na África, principalmente na zona tropical, nas regiões do Quênia, Tanzânia e Etiópia.





A PRÉ-HISTÓRIA pode ser dividida em três períodos principais:


- PALEOLÍTICO - até 10.000 a.C


- MESOLÍTICO - de 10.000 a.C a 8.000 a.C


- NEOLÍTICO


Fonte: http://www.ff.ul.pt/paginas/jpsdias/Farmacia-e-Historia/img4.png

No início (Paleolítico), os hominídios eram nômades, viviam em grupos e migravam à procura de alimento, já que dependia da coleta e da caça. Era grande a incerteza em relação a se haveria alimento suficiente, e em relação aos ataques de animais.


No período também conhecido como da Pedra Lascada, principalmente os ossos eram lascados para servirem de ferramenta.Os instrumentos criados foram o anzol, o arpão, o arco-e-flecha e a lança. Neste período também o homem passou a utilizar o fogo, a linguagem oral e desenvolveu a arte rupestre.


Com a migração, acabaram indo para a Ásia, o que deve ter levado de 10 mil a 200 mil anos. Há cerca de 1,8 bilhão de anos o homem pisou no sudeste Asiático e China.


O surgimento da linguagem veio pelo desenvolvimento do cérebro, uma possível causa foi a ingestão cada vez maior de carne. Com o trabalho braçal, houve o desenvolvimento de algumas áreas do cérebro também.


Há que se destacar também a criação da religião e objetos de devoção e homenagem, frente às incertezas.


Por volta de 100 mil anos atrás, uma grande parte do globo ainda era desabitada. Aos poucos com as migrações eram descobertas ilhas acidentalmente. Há mais de 52 mil anos, a raça humano atracou na Nova Guiné-Austrália.


Como os grupos viviam em relativo isolamento, as línguas evoluíram separadamente, criando vários dialetos. Provavelmente havia uma língua mas elas divergiram com o passar do tempo.


Em 20.000 a.C a raça humana estava confinada em uma só massa de terra, que compreendia Europa, África, Ásia e América. Austrália e Nova Guiné formavam uma segunda massa de terra. As áreas habitadas eram as de clima mais quente, ficando as áreas mais geladas quase sem população.


As geleiras eram ativas e extensas. A América do Norte era praticamente só gelo. Parte da América Central era atingida por nevascas. Os pontos mais altos da América do Sul eram cobertos de neve.



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Foi durante o período Mesolítico que a Terra começou a adquirir suas características atuais, com o fim da era das Glaciações. Neste período deu-se o início da sedentarização do homem, através do cultivo de animais e plantas.


Por volta de 5000 a.C os verões tornaram-se um pouco mais quentes, entre 12000 a.C e 9000 a.C houve derretimento de gelo, com alteração nos rios. Por volta de 7000 a.C tornou-se agradável habitar a África, os lagos e pântanos abundavam no Saara. O Rio Nilo tornou-se o mais longo do mundo ao juntar-se com o lago Vitória.


Entretanto, por volta de 3000 a.C as pessoas passaram a fugir do deserto que se expandia com enorme rapidez.


Por volta de 22000 a.C deve ter acontecido a travessia entre a Sibéria e o Alasca, iniciando o povoamento das Américas. Então, devem ter descido até o México onde o clima era mais favorável.


A população da América aumentou e por volta de 11000 a.C houve a travessia do istmo do Panamá, alcançando a América do Sul.


Os mares que subiam cada vez mais acabaram separando o continente Americano dos demais.


O Japão já havia sido habitado antes da subida dos mares. Cerâmicas datadas de 10500 a.C foram encontradas lá, e por volta de 5000 a.C as habitações impressionavam se comparadas com as do resto do globo.


O mar, como barreira para invasores, foi de extrema importância para as potências de hoje Japão e Estados Unidos. A Europa enfraqueceu com as guerras.



Fonte: Uma Breve História do Mundo - Geoffrey Blainey